terça-feira, 30 de abril de 2013

Atividade Prática Supervisionada de Psicologia Geral sobre o filme O Show de Truman - O Show da Vida



UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ
CAMPUS FRANCISCO BELTRÃO
LICENCIATURA EM INFORMÁTICA


ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA - PSICOLOGIA GERAL
Análise do filme: O Show de Truman
Professora: Mayara Yamanoe



Acadêmicos:
Cassiano Guareschi Montanari
Jean Antônio Reis
Elio Machado Costa



Obra analisada:

O Show de Truman – O Show da Vida
Título Original: The Truman Show
Diretor: Peter Weir
Elenco: Jim Carrey, Laura Linney, Ed Harris, Noah Emmerich, Natascha McElhone, Holland Taylor.
Produção: Ed Feldman, Andrew Niccol, Scott Rudin, Adam Schroeder
Roteiro: Andrew Niccol
Fotografia: Peter Biziou
Trilha Sonora: Burkhard Dallwitz, Philip Glass
Duração: 102 min.
Ano: 1998
País: EUA
Gênero: Drama


Introdução

No filme O Show de Truman são observadas bastantes características da Psicologia, iremos falar sobre os comportamentos que observamos durante as cenas, vimos o Comportamento Operante e o Comportamento Respondente que pertencem à Psicologia Behaviorista que estuda o comportamento da interação entre o sujeito e o ambiente, onde é aplicado o total controle do comportamento do personagem principal.
O Show de Truman tem como foco um homem que é o astro de um reality show desde que ele nasceu, e que faz muito sucesso, mas tudo isso sem ele saber. Nesse reality show todos os minutos do dia de Truman são observados e transmitidos ao vivo em um canal de TV pelo mundo todo. O diretor e criador do reality show apresenta características Behavioristas para controlar Truman em todos os seus passos, o filme também mostra como Truman teve uma infância controlada, para que não tivesse sonhos e nem metas fora da ilha onde mora, e também foi onde foram aplicados traumas e medos, até mesmo os sentimentos dele são controlados. A justificativa do criador do reality show é que ele quer revolucionar os espetáculos televisivos, que são muito falsos, dizendo que apesar do mundo onde Truman vive ser falso, não há nada de falso no Truman.


Desenvolvimento

Logo no início do filme, que começa em uma data próxima de Truman completar seu aniversário de 30 anos, o dia começa normalmente cumprimentando seus vizinhos e saindo para o trabalho, mas tudo começa a ficar estranho quando cai do céu um projetor de luz na sua rua com o nome de uma estrela, no dia seguinte em seu caminho para o trabalho, ele encontra com seu pai no centro da cidade, - Truman achava que seu pai havia morrido em uma tempestade no mar quando ele era ainda uma criança - quando eles começam a conversar algumas pessoas fazem com que o Truman e o pai sejam afastados, Truman fica perdido e não sabe o que fazer, avisa então sua mãe que diz também ver o falecido marido às vezes mas dizendo que é um engano, pois isso é decorrente da saudade que sentem pelo falecimento dele, Truman fica no porão de sua casa relembrando de seu pai e então recorda do primeiro amor, Sylvia, que tentou avisar que tudo era um set de filmagem, e isso fez com que ela fosse retirada de sua vida com a mentira de que era esquizofrênica e que seria tratada nas Ilhas Fiji. À partir desse momento Truman tenta surpreender as pessoas à sua volta, ele começa a perceber que sempre existe algo que o desvia do que ele realmente quer fazer, ele começa a desconfiar até mesmo de sua esposa quando vê nas fotos de casamento que ela está com os dedos cruzados e a segue até seu trabalho, percebendo que as pessoas tentam impedi-lo todas as vezes que tenta algo diferente e espontâneo, ele decide então ir até as Ilhas Fiji.
A tristeza de Truman é percebida pelo público quando ele começa a tentar fugir da vida que leva, ele vê que não pode fazer suas próprias escolhas sem que seja interferido por alguma coisa na cidade, se não pessoas, desastres e acidentes, ele descobre que não tem identidade própria e que é diferente de todas as outras pessoas. Truman consegue fugir sem que as câmeras o sigam, fazendo com que o programa tenha seu primeiro corte de transmissão, depois de muita procura por todos os atores, eles o encontram velejando, enfrentando seu maior medo, que é o mar, mesmo depois de uma tempestade criada pela produção do reality show, Truman não desiste e vai em frente, fazendo com que o público perceba que ele é uma pessoa consciente e faz com que eles torçam para que ele consiga fugir do reality show, no fim Truman chega ao final do set de gravação e descobre que toda sua vida foi falsa, ele se despede do criador do reality show e passa pela porta de saída.
O que pode ser observado no filme é que Truman vivencia vários setores psicológicos, principalmente Behavioristas, como por exemplo quando ele tenta ir para uma ilha vizinha fazer uma negociação para que não seja cortado de seu emprego na seguradora, o que seria uma demonstração do Comportamento Operante do modo Behaviorista, que no caso de Truman seria para manter o seu emprego, mas ao chegar ao porto para ir até a ilha ele não consegue embarcar na balsa, pois o seu trauma de infância, da perda do pai enquanto velejavam não o deixa mais ter contato com o mar, isso é claramente uma demonstração do Comportamento Respondente, também do Behaviorismo, onde ele tem esse sentimento de castigo por ter perdido o pai, se punindo com o medo de enfrentar o mar novamente, esse trauma foi inserido em Truman para que ele não tivesse sonhos muito ambiciosos e buscasse sair da ilha.


Conclusão

Concluímos o trabalho percebendo e relatando nesta análise os fatores psicológicos aplicados nesta obra, que antes do estudo da Psicologia Geral não eram percebidos.
Vimos o quão importante é o estudo dessa matéria, e que ela faz parte de métodos que são aplicados em diversas áreas de aprendizagem, desde que nascemos e até mesmo nos meios de trabalho e principalmente nos meios da educação.

terça-feira, 23 de abril de 2013

MARXISMO NA EDUCAÇÃO

Pensar em uma educação baseando-se em uma concepção marxista é pensar no princípio do trabalho e na superação da alienação, porque para o marxismo não faz o menor sentido analisar abstratamente a educação, pois está é uma dimensão da vida dos homens que se transforma historicamente, acompanhando as transformações de como os homens produzem a sua existência. A educação não pode ser separada da vida social, pois ela está inserida no contexto em que surge e se desenvolve, também vivenciando e expressando os movimentos contraditórios que emergem do processo das lutas entre classes. A busca pela compreensão marxiana na questão da educação pode seguir dois caminhos:

  • O primeiro: considerando que Marx não escreveu nenhuma obra específica sobre a questão da educação, tratar-se-ia de rastrear, nas suas obras, as passagens em que ele se refere à esta problemática. 
  • O segundo: buscar, em primeiro lugar, a arquitetura mais geral do pensamento de Marx, para apreender o sentido da atividade educativa no interior desse quadro arquitetônico.
O primeiro caminho trata-se dos problemas causados pelas várias interpretações do pensamento de Marx. Como encontrar o sentido o mais digno possível das afirmações de Marx? Sabe-se que a obra desse autor deu origem à várias interpretações desde a sua elaboração até os dias atuais. E que essas interpretações sinalizam um caminho ao qual se filiarão outros leitores de Marx.
Quando as características radicalmente críticas e revolucionárias eram afirmadas, seu conteúdo tinha, no máximo, um sentido político, enfatizando a existência de classes sociais, da luta de classes, do caráter de classe dos fenômenos sociais e da necessidade da revolução. 
Como houve um fracasso no processo revolucionário, a teoria de Marx foi acusada de falsidade, e fez com que muitos marxistas a abandonassem e ela foi deixada como algo ultrapassado e inservível ou então ela foi mesclada com outras vertentes como a Fenomenologia e o Existencialismo.
Podemos dizer então que a maioria das interpretações do pensamento de Marx quanto ao conhecimento, são marcadas pela mudança da centralidade do objeto para o sujeito.
 
O segundo caminho podemos dizer que é o mais produtivo, pois ele identifica o que caracteriza o pensamento de Marx, que o coloca como alguém que instaurou uma concepção de conhecimento e de ação prática radicalmente nova. Este faz com que possamos nos aprofundar em vários temas e compreender qualquer fenômeno social, até mesmo aqueles não tratados por ele, com base nos fundamentos metodológicos por ele estabelecidos. 

O que marca o pensamento de Marx é o seu caráter radicalmente crítico e revolucionário, que para Marx antes de político ou ético, tinha um sentido ontológico, que é a identificação da natureza própria do ser social que lhe permite alcançar a própria raiz. Isso faz com que na essência do processo de tornar-se homem do homem é que vai permitir a compreensão da história da e fazer a crítica do sistema social regido pelo capital.

Marx instaurou uma forma radicalmente nova de produzir conhecimento sobre a realidade social. Que ele lançou os fundamentos de uma concepção radicalmente nova de história. E que estes fundamentos se consubstanciam naquilo que Lukács chamou de ontologia do ser social.

A partir desses fundamentos é possível abordar qualquer fenômeno social. Essa afirmação não implica, de modo nenhum, a desqualificação dos modos anteriores de conhecimento. Apenas afirma que o modo instaurado por Marx é o que a humanidade tem de mais elevado á sua disposição em termos de conhecimento da realidade social. Isso também não significa nenhum dogmatismo, nenhuma sacralização dos resultados a que Marx chegou a partir desses mesmos fundamentos. Pelo contrário, é a partir deles que se podem avaliar esses próprios resultados.

No caso da educação, pensamos que a compreensão dessa esfera da atividade humana implica, necessária e previamente, essa ontologia do ser social, já que é só no interior dessa totalidade que o seu sentido poderá ser plenamente apreendido.






Referências Bibliográficas:
www.ivotonet.xpg.com.br





domingo, 21 de abril de 2013

Escola e Democracia

Começamos então com o primeiro trabalho da matéria de Filosofia da Educação, ministrada pelo professor Celso Hotz.
Neste trabalho fizemos uma explanação sobre o artigo de Demerval Saviani ‘Escola e democracia: para além da “teoria da curvatura da vara”’. O tema central do artigo é levantar dúvidas e trazer à tona questionamentos sobre as formas de educação existentes. Os slides que usamos seguiram essa postagem para explicar o método mais facilmente.

Demerval Saviani faz referência à Teoria da Curvatura da Vara, fazendo alusão à política interna da escola à partir de três teses, sendo estas as quais iremos abordar.
A primeira é a Tese Filosófica-Histórica, do caráter revolucionário da pedagogia da essência e do caráter reacionário da pedagogia da existência. Neste momento, pode-se refletir sobre a história do homem e a influência desta na educação, as mudanças sociais e a luta de classes trazida com o capitalismo e suas imposições na educação.
A segunda é a Tese Pedagógico-Metodológica, que é mostrada como do caráter científico do método tradicional e do caráter pseudocientífico dos novos métodos. É discutido sobre a relação entre ensino e pesquisa.
A terceira é a Especificamente Política onde se volta à falta de democracia na Escola Nova, de como, quando mais se falou em democracia no interior da escola, menos democrática foi a escola; e de como, quando se menos falou em democracia, mais a escola esteve articulada com a construção de uma ordem democrática.
Saviani também cita as duas pedagogias conhecidas, a tradicional e a nova, sendo que na pedagogia tradicional, a escola surge como um “antídoto”, difundindo a instrução e a educação é vista como direito de todos e dever do Estado, e a marginalidade associada à ignorância. Na pedagogia nova, a marginalidade não é mais do ignorante e sim do rejeitado, do anormal e inapto, desajustado biológica e psiquicamente. A escola passa a ser então a forma de adaptação e ajuste dos indivíduos à sociedade.